A partir de 1º de julho não serão mais comercializadas lâmpadas incandescente de 60 watts. As lâmpadas mais usadas pelos brasileiros vão desaparecer do mercado pois não atendem os índices mínimos de eficiência luminosa fixados pela Portaria Interministerial 1007, de dezembro de 2010, dos Ministérios de Minas e Energia, da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
As lâmpadas incandescentes sempre foram a opção mais barata para o consumidor, porém gastam mais energia e duram menos que as outras opções: fluorescentes, incandescentes halogenas ou LED.
As lâmpadas foram uma das primeiras vítimas da obsolescência programada quando as empresas programam o tempo de vida útil de seus produtos para durarem menos do que a tecnologia permite, tornando-os rapidamente ultrapassados, motivando o consumidor a comprar um novo modelo.
História
Quando Thomas Edison inventou a lâmpada em 1879, ela foi capaz de durar 1.500 horas. Em 1911 já havia lâmpadas com duração de 2.500 horas sendo produzidas. Em 1924, as empresas produtoras de lâmpadas se uniram em um cartel denominado Phoebus para limitar o ciclo de vida das lâmpadas para até 1.000 horas, assim venderiam mais. Se as empresas participantes do cartel produzissem lâmpadas que durassem mais do que 1.000 horas elas seriam multadas.
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Para se ter uma ideia do tempo que uma lâmpada poderia durar, em Livemore, na Califórnia, no quartel de bombeiros, existe uma lâmpada que está funcionando há mais de 110 anos. A sua fama é tanta que a população da cidade realiza festas de aniversário pra lâmpada. A primeira foi em 2001, na data do centenário, a segunda em 2011, quando se chegou aos 110 anos. A lâmpada tem direito a bolo, balões e música de parabéns.
Atualmente podemos considerar que as lâmpadas incandescentes são obsoletas, uma vez que aproveita-se apenas 5% da sua energia gerada, sendo o restante apenas calor. As fluorescentes compactas são cerca de cinco vezes mais eficientes e tem uma vida útil de três a dez vezes maior que as incandescentes. Já as lâmpadas de LED são cerca de 6,5 vezes mais eficientes, além de durarem de 25 a 50 vezes mais.
Em tempos de crise hídrica e energética é preciso buscar alternativas com menores impactos para o meio ambiente.
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